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Deodato Siquir (Deodato Siquir)

  • Deodato Siquir (Deodato Siquir)
Baterista, Voz de fundo
Principal país relacionado : Rúbrica : Música

 
O músico e baterista moçambicano radicado na Suécia, Deodato Siquir, está a caminho de Maputo – Moçambique – terra natal – para cantar na Edição 2014 do Festival Azgo.
O talentoso baterista, compositor e intérprete moçambicano, Deodato Siquir, que está radicado na Suécia, publicou, em 2011, o seu segundo trabalho discográfico intitulado Mutema, uma homenagem póstuma à sua mãe Berta Manjate. De todos os modos, a relação – amorosa – entre mãe e filho está indiscutivelmente traduzida no seu primeiro disco, Balanço, lançado em 2007. Particularmente, penso que – no contexto dos três concertos que realiza em Maputo – muitos dos seus admiradores irão segui-lo para experimentar um bom balanço musical. Deodato é extraordinário.
A música de Deodato Siquir é um "workshop", uma aula sobre a vida. Não se pode falar sobre ela sem que, no mínimo, se tenha ficado demoradas horas a escutar as sábias palavras que emite. Mas mais do que isso, apesar de que os linguistas podem não estar de acordo com este ponto de vista, penso que as pessoas que planeiam seguir uma carreira artístico-musical deviam escutar, na verdade consumir, a obra deste compositor, intérprete e instrumentista.
Ele não fala sobre a música – fá-la. E, no referido processo de produção musical, consegue viciar a sua obra de uma rara metalinguagem: ou seja, ao escutar as suas criações, somos, naturalmente, convidados a inteirar-nos sobre a sua produção artística. Esta trabalho ensina-nos sobre a arte musical – e é a partir daqui que se manifesta a referida metalinguagem.
Não precisamos de ser peritos nesta forma da arte, a fim de perceber a musicalidade com que as suas obras nos brindam. Falo sobre a harmonia entre os instrumentos – incluindo a voz – com que se faz a sua obra que é um verdadeiro 'design'. É 'design', sim, no sentido de que foi concluída e, por conseguinte, publicada. E? diante disso, não há espaço para extrair algum tipo de defeito. A única coisa que nos cabe fazer é contemplar e sublimar esta forma de trabalhar a arte.
Ao escutar tal música é como se estivéssemos a nutrir- nos de uma refeição amorosamente preparada por uma mãe para os seus filhos amados. Ela supre todas as nossas necessidades – físicas e espirituais. Mexendo com as nossas entranhas, a envolver-nos na musicalidade proposta, a melodia, como forma de arte, deve ser capaz de gerar – no ouvinte – os sentimentos que a composição, enquanto parte linguística, emite a fim de que a harmonia – desta vez, como linguagem universal – desperte o adormecido amor musical de certas pessoas.
A crítica favorável que a Imprensa produz em relação à obra de Siquir não é casual: Este homem nasceu para a actividade a que se dedica. E fá-lo por amor. Deodato é um trovador no verdadeiro sentido da palavra e, como tal, não permite que, como tem acontecido neste país, as necessidades básicas – as de subsistência – o induzam a criar uma arte que, além de confundir as pessoas, nada mais gera na sociedade.(Inocêncio Albino)
Em Maio Deodato Siquir vai partilhar palco com diferentes artistas nacionais e estrangeiros na Quarta Edição do Festival Azgo. Esta será a primeira vez que o músico vai actuar em solo pátrio a convite de uma entidade.

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