O Beijo no Asfalto fala da dúvida. O beijo de Arandir no atropelado é a substância dessa dúvida. É este ato espontâneo de caridade que vai desencadear o lado tenebroso da alma de cada uma das personagens. Todos se infecionam, inclusive o próprio Arandir, que passa a duvidar de si mesmo. A carga da maldição do beijo no asfalto - beijar a boca de quem morre - representa o núcleo dramático. O autor Nelson Rodrigues aproveitou o beijo espontâneo dado por Arandir, homem de coração puro, para fazer um libelo contra a falsidade, o juízo baseado na aparência e as convições erradas de parte da sociedade.
O CCFM apoia projetos de criação de artistas moçambicanos que tenham uma proposta original com um âmbito artístico e estético bem definidos. O projeto apresentado por Félix Mambucho foi um dos dois projetos aprovados para 2014. Após uma residência de dois meses, o grupo apresenta o resultado do trabalho no grande palco do CCFM.
- Texto de Nélson Rodrigues
- adaptação e encenação de Félix Mambucho
- actores: Tunecas Homo, Moiasse Sambo, Arlete Bombi, Anaciosa maria Sitóe e Dinis Chembene
- Cenografia: Alfredo Samo
-Luz : Ambrósio Joa
- Sonoplastia: Nelson e Mambucho
-Produção: Luarte, ECA e CCFM
- Apoio: Teatro Avenida, OIKOS, Pathfinder e Embaixada de França.
19H | GRATUITO